POR QUE AS CRÍTICAS????

A equipe não tem uma das melhores estruturas ou uma das maiores folhas de pagamento da série B do Campeonato Gaúcho. Tem hoje, a terceira melhor pontuação entre todos os times da Segundona, um dos melhores ataques e a defesa menos vazada da competição.

Esta é a campanha do Riograndense Futebol Clube de Santa Maria, este ano na série B.

Mesmo com uma situação tranqüila, tendo perdido apenas uma partida em doze disputadas, já com a vaga para a próxima fase quase garantida, surgem dúvidas sobre o trabalho que vem sendo realizado no clube, diga-se, ao técnico Rodrigo Bandeira.

As criticas, tomaram proporções preocupantes no último jogo da equipe, no empate com o Passo Fundo em casa, com direito a briga de dirigentes após o jogo.
Nos bastidores do clube, há fortes dúvidas sobre a capacidade do técnico Rodrigo Bandeira em conduzir a equipe à tão sonhada série A, em 2011. Algumas preferências para a titularidade no time e substituições de atletas ainda no primeiro tempo dos jogos, têm deixado preocupados, alguns diretores influentes do Riograndense.

Rodrigo Bandeira não estaria aprovando no Riograndense? Os números dizem que sim.

Mas são justas, então, as críticas que ganharam eco nos Eucaliptos nos últimos dias?

O torcedor do Riograndense foi mal acostumado, no bom sentido, com a campanha dos últimos dois anos, quando a equipe sempre disputou as primeiras posições das fases e, como por exemplo, no ano passado, chegou muito perto do acesso à série A. Por isso, o nível elevado de exigência aflora nas arquibancadas do estádio.
E o torcedor tem o direito de cobrar, de exigir, de querer mais do seu time. Ele age com a emoção. Com a paixão.

Mas a direção do clube tem a obrigação de pensar, exclusivamente, com a razão. Avaliar e tomar as decisões com frieza, baseadas também no desempenho do time e nos resultados obtidos, até aqui, na competição.
Todos os grandes exemplos de sucesso no futebol passam pela continuidade. As mudanças de técnico mostram um efeito quase sempre, momentâneo, mas, todos precisam de tempo para ajustar e adaptar suas filosofias de trabalho.

Eu avalio como boa a participação do time na Segundona até agora e o trabalho do técnico satisfatório. Quem acompanha os trabalhos do dia a dia no clube, sabe que Bandeira tem conhecimento suficiente para comandar a equipe no campeonato.
A mudança no comando técnico, ventilada por alguns, poderia ser um tanto precipitada, desencadeando problemas piores do que os detectados hoje. Com a sequencia da competição e com a chegada dos reforços, poderá se ter uma noção mais eficaz da capacidade do jovem treinador.

As atuações e, principalmente, os resultados é que dirão se a direção acertou ou não, na escolha de Bandeira para técnico do time Esmeraldino.

Agora, se a torcida e a direção do periquito querem mais do seu time, imagina o que pensam o pessoal do Aimoré, Brasil de Pelotas e Passo Fundo, por exemplo (é só ver a tabela de pontuação).