DERROTA DEIXA PERIQUITO EM SITUAÇÃO DELICADA

A derrota deste domingo para o Cruzeiro – PA, em casa, por 3 a 2, deixa o Riograndense em situação de risco na Segundona Gaúcha e a partir de agora as contas começam a serem feitas nos Eucaliptos para a projeção dos pontos necessários para a conquista da classificação a próxima fase. Com nenhum ponto somado na chave é preciso pelo menos três vitórias nas quatro rodadas que restam, para ainda deixar com chances a equipe de Santa Maria.
PARECE QUE A EQUIPE NÃO ENTROU COM O ESPIRITO NECESSÁRIO, COM A MOBILIZAÇÃO QUE EXIGE UMA DECISÃO COMO ERA ESTA PARTIDA.
Todos sabiam das virtudes da equipe do Cruzeiro e sem apresentar surpresas, foram com elas que o time da capital conquistou a sua segunda vitória no quadrangular semifinal. O entrosamento da base que joga junto a três anos, a velocidade e boa movimentação do ataque, alternando as posições e explorando os flancos do campo, comandados na frente pelo trio ofensivo Faisca, Jõ e Alex Goiano que infernizaram o time periquito.
No Riograndense as coisas não deram certas. a manhã cinzenta obscureceu o futebol periquito. Douglas no lugar de Rangel não funcionou. A zona na frente da área era terra sem dono e os meia-atacantes da equipe Porto-alegrense deitaram e rolaram naquele setor, durante toda partida. Paulão foi sacado da equipe porque Everton teria mais velocidade e recuperação na bola no chão para efetuar a marcação. Fracassou na sua missão e saiu na metade do primeiro tempo. De resto, o time todo esteve mal. Do goleiro ao treinador.
Mesmo em casa, em nenhum momento o Riograndense teve superioridade no jogo. Não conseguiu um volume de jogo para impor uma pressão ao adversário. Desde o inicio da partida o periquito não encontrou a marcação e as melhores chances sempre eram do Cruzeiro que tinha vitória pessoal sobre a defensiva esmeraldina em todos os lances de ataque.

A história do jogo começou a ser escrita a favor do Cruzeiro logo aos 3 minutos, quando Diego Torres aproveitou rebote de Jair e Abriu o placar. Sem o time apresentar um bom futebol, Hiroshi fez jogada individual pela direita e cruzou da linha de fundo. Na tentativa de cortar a bola, Leandro Nunes fez contra, 1 x1. Empatado o jogo, seguiu dando cruzeiro em campo até que aos 40 minutos, jogada em que Jair deu o rebote novamente, Alex Goiano fez mais um. Em todo o primeiro tempo, o Riograndense não teve uma só conclusão a gol.
Na volta para o segundo tempo Fábio Alemão entrou no jogo. Foi dele o gol de empate aos 16 minutos da etapa final. A equipe tentou esboçar uma virada, mas, deu espaços para o contra ataque e num deles, onde Tiago Duarte perdeu uma bola dominada no meio, Adriano foi lançado e chutou forte fazendo o 3 a 2. Sempre correndo atrás do marcador, o terceiro gol fez desmoronar o time do Riograndense que não teve mais forças para reagir e perdeu a segunda partida seguida. De quebra, se foi a invencibilidade em casa no campeonato.
Se haveria de ter um vencedor no jogo, o Cruzeiro fez por merecer os três pontos. No duelo de treinadores Benhur Pereira foi melhor que Bandeira que errou na sua proposta de jogo. Mesmo vencendo, nunca o Cruzeiro recuou ou abdicou do ataque. Pelo contrário criou e criou, ainda fez marcação sobre pressão no campo do periquito, obrigando o time Esmeraldino a fazer quase sempre a ligação direta defesa-ataque.
Agora serão dois confrontos decisivos com o mesmo adversário, o Guarani de Bagé. Seis pontos ou a equipe Esmeraldina pode se despedir mais cedo do certame.
A direção faz reunião a noite para avaliar a situação complicada que o time se encontra. De novo a ventilação de mudanças na comissão técnica. Confesso, depois do jogo, um diretor chegou a me pedir o celular do ex-técnico do Inter SM, Bagé. Será?