segunda-feira, 24 de maio de 2010

FIM DA ERA BANDEIRA


Terminou na tarde desta segunda-feira, o ciclo do técnico Rodrigo Bandeira no comando técnico do Riograndense Futebol Clube. Depois de classificar o time em primeiro lugar nas duas primeiras fases da série B, a virtual eliminação da equipe neste quadrangular, forçou a saída prematura do técnico e do preparador físico Marcel Cardoso do clube, faltando duas rodadas para o término desta fase. A passagem do jovem técnico pelo estádio dos Eucaliptos foi marcada por um bom trabalho dentro de campo e por muitos problemas fora dele.
Bandeira conseguiu montar uma equipe bem armada taticamente. Começou no esquema 4-4-2, conseguindo bons resultados e o primeiro lugar da sua chave na primeira fase.
No último jogo da fase, contra o seu ex clube, o Panambi, mudou o esquema para o 3-5-2. A equipe foi bem e, a partir dali, estabeleceu o novo sistema de jogo na equipe esmeraldina.
Com idéias modernas de futebol, estudioso de sistemas táticos e muito trabalhador no dia a dia, Rodrigo Bandeira conseguiu com a equipe, o status de favorito ao acesso a primeirona, até chegar aos quadrangulares semifinais. Os problemas extra campo vieram átona, ao mesmo tempo em que os resultados não aparecerem mais e, a relação Rodrigo Bandeira – Riograndense, termina por aqui.
Logo que chegou a Santa Maria, Rodrigo se deparou com um clube e uma torcida, acostumados por dois anos com o perfil e o convívio do comunicativo Bebeto rosa que conquistou notório reconhecimento de grande parte da trupe periquita. Uma sombra que esteve presente do primeiro ao ultimo dia de Bandeira no clube.
A segunda questão que complicou a vida do treinador, também herança de Bebeto, foi a comissão técnica que permaneceu no clube do trabalho anterior. Sem deméritos a qualidade de Rafael Dias e Anderson Cebola, ao contrário, grandes profissionais, mas Bandeira encontrou dificuldades de relacionamento com os dois, que já vinham de uma outra filosofia de trabalho dentro do vestiário.
Bandeira também pecou por não exigir mais da direção. Foi acusado até de omissão no caso da polêmica viagem no dia a cidade de Farroupilha. Não quis entrar em rota de choque com os cartolas esmeraldinos, citando um exemplo de tantas outras questões que Bandeira aceitou, mesmo sabendo que poderiam influenciar negativamente nos resultados de campo. Foi compreensivo por demais. Outro “professor” teria trancado o pé, por exemplo, exigindo a comissão técnica de sua confiança.
E por fim, faltou um pouco de experiência para Rodrigo Bandeira administrar estas questões, citadas anteriormente e, tantas outras que se apresentaram no decorrer de sua passagem pelo Riograndense. Mas experiência adquire se com o tempo. Entre amistosos e jogos oficiais foram 17 vitórias, 9 empates e sete derrotas. Um saldo positivo mas, para o objetivo que foi traçado no inicio de tudo, não foi o suficiente.
Boa parte da torcida creditou ao técnico o fracasso nesta fase da competição. A resistência ao seu trabalho foi grande. Setores do clube trabalharam do inicio ao fim, pela queda do treinador. Se ele foi o responsável pelo insucesso periquito? O único não foi, mas também teve a sua parcela de culpa. Todos tiveram.
Vida que segue e sorte para Rodrigo Bandeira no seguimento de sua carreira. Tentou o melhor para o clube, queria subir o time para série A. Era o seu nome e a possibilidade do acesso no currículo que também estavam em jogo. Não conseguiu.
Quem sabe no futuro ele até não volte a trabalhar em Santa Maria. Olha, este mundo da bola gira!!

3 comentários:

  1. que tristeza o GANDENSE não estar classificado para a reta final da segundona.
    uma coisa é certa; o gandense retrocedeu em relação ao ano passado... é só olhar a tabela.
    culpa de quem?????

    ResponderExcluir
  2. sem querer achar culpado, mas se o investimento era maior esse ano, o treinador de goleiro e o preparador fisico eram os mesmos que chegaram entre os quatro o ano passado, o time sesse ano era melhor, e mesmo assim não chegou entre os quatro ( por sinal saiu na mesma fase que o panambi ano passado) de quem será a culpa????

    ResponderExcluir
  3. Só estranho, os dois dirigentes que tanto "bancaram" o Bandeira não tiveram coragem de aparecer na despedida do mesmo,volto a dizer
    O PENINHA TINHA RAZÃO,se tivesse trocado o treinador em março a coisa teria sido diferente.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.