NÃO DEU...E O SONHO, FICA PRO ANO QUE VEM!

Por volta das 14 horas e 57 minutos da tarde de hoje, quando o time do Riograndense Futebol Clube desceu o túnel do vestiário e adentrou o gramado do estádio dos Eucaliptos para enfrentar o Guarani de Bagé, a esperança do torcedor esmeraldino entrou junto, acreditando na possibilidade da recuperação da equipe no campeonato e a manutenção das chances de buscar a vaga para a elite do futebol gaúcho. Depois dos noventa minutos do jogo, a esperança deu lugar à frustração e o sonho, parece que momentaneamente, terá que ser adiado.
Com mais uma derrota no quadrangular semifinal, o time de Santa Maria, praticamente, deu adeus a competição.
O time escalado pelo técnico Rodrigo Bandeira começou a partida apostando na sua força ofensiva, com Adilson, Hiroshi, Tiago Duarte e Fábio Alemão na frente, tentando pressionar, desde o inicio do jogo, a equipe de Bagé. Mas o esquema proposto não teve tempo suficiente de treinamento e logo mostrou seus problemas.
O time povoou o campo de ataque mas perdeu espaço no meio do campo. Atrás, Gudi ficou preso na marcação e o seu apoio, bem como, suas boas investidas no ataque como fator surpresa, não aconteceram.
Na esquerda, Anderson Cruz começou bem, se apresentando para o jogo e indo a linha de fundo, com a companhia de Hiroshi por aquele setor. Inexplicavelmente, Hiroshi derivou para a direita e Adilson caiu pelo lado esquerdo. O time ficou desequilibrado, com o destro Adilson jogando pela esquerda e o canhoto Hiroshi, pela direita. De quebra, Cruz ficou isolado na esquerda. Daí em diante, o periquito não jogou mais pelos lados do campo e afunilou o jogo pelo meio, consagrando a zaga adversária.
O primeiro golpe no jogo contra o periquito aconteceu aos 31 minutos, quando Elton Corrêa marcou o primeiro gol da partida. Riograndense 0 x 1 Guarani-BA, o placar da etapa inicial. Ali, no intervalo do jogo, o torcedor sentiu o “frio na espinha”, prenúncio do drama que estaria por vir.
Mas que nada, o começo do segundo tempo foi promissor. Vindo do banco de reservas, Juninho empatou a partida, quando eram jogados dois minutos da etapa final. Festa nos Eucaliptos e a esperança ganhou mais força ainda quando Raul, zagueiro do Bagé, foi expulso aos 18 do segundo tempo,por levar o segundo cartão amarelo.
Placar empatado, um homem a mais e o jogo virou ataque contra defesa. Riograndense em cima e o Guarani se defendendo, porém, o time da casa viria a cometer um erro fatal: conceder espaços para o contra ataque do adversário. E assim, o Guarani marcou com Dudu, aos 41 e depois com Vando, aos 46 minutos do segundo tempo, desferindo dois golpes fatais que, nocautearam o time periquito.
O jogo terminou 3 a 1 para a equipe de Bagé e com apenas um ponto na tabela de classificação, o Riograndense dá adeus a competição. Os mais otimistas ainda fazem contas para manter vivas as chances de classificação. Pode até ser mas, quem vem acompanhando o desenrolar destes quadrangular, sabe que a missão é quase impossível e o negócio agora é planejar o futuro.
Quais foram os erros cometidos e quem são os culpados pela eliminação precoce????
A comissão técnica? Os Jogadores? A Direção? Dinheiro? Brigas internas? Enfim... Teremos tempo para juntos analisarmos as causas da derrocada esmeraldina. Sei que de imediato, você já teria alguns pontos para me listar. Tenho certeza disso.
O certo é que ainda restam dois jogos para o Riograndense neste quadrangular, quarta-feira contra o Cruzeiro em Porto Alegre e no fim de semana, com o Brasil-FA, em casa. E que pelo menos, honrem a camisa deste clube, quase centenário.
É o que espera o frustrado torcedor periquito.