DUAS REUNIÕES EM UMA E MAIS PÔLEMICA NA BAIXADA...

Era para ser uma reunião rotineira do conselho deliberativo do Inter SM, mas, como de costume, a polêmica não podia faltar no último encontro antes da eleição presidencial do clube. Num acontecimento inusitado, o conselho colorado conseguiu realizar duas reuniões na mesma noite e no mesmo local. Uma oficial e outra não. Mas, como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, o primeiro encontro foi conduzido pela situação, o segundo, pela oposição.
Para tentar explicar o inexplicável, a reunião de hoje, ordinária, como todas realizadas na primeira segunda-feira de cada mês, tinha na pauta, mais do que qualquer outro objetivo, a intenção de sacramentar a data da eleição presidencial e encaminhar a formalização e formatação do pleito para o próximo dia 30 de agosto.
Porém, faltando alguns minutos para o inicio da reunião, o vice-presidente do conselho, Luis Carlos Iop Druzian recebeu um telefonema (confirmado pelo autor da ligação) do presidente Régis Cassol avisando que chegaria atrasado ao horário combinado e pedindo (ou autorizando) que Druzian abrisse os trabalhos da noite, até que Régis chegasse para ocupar o seu posto de comandante maior do conselho.
Marcando as badaladas das 19:30, Druzian deu inicio a reunião, eis que, para a surpresa dos que iam ocupando as tribunas do conselho consultivo, um grupo com nomes representativos e sabidamente de oposição ficou na calçada da rua Ana Nery, não adentrando ao recinto, onde já começava o encontro marcado para ali acontecer.
Mario Cassol, Vilmar Tambara, Airton Ribeiro e algum outro nome que não tenho agora na memória, ficaram esperando a chegada de Regis Cassol, do lado de fora do estádio.
O Dr Waltezer Michels, em nome de Marineu Ziani, teria chamado o grupo para participar das deliberações mas, a resposta foi negativa. O clima pesou e o constrangimento dentro e fora do Presidente Vargas pairou no ar.
Druzian abriu, conduziu e encerrou a reunião, constando a assinatura em ata dos 14 conselheiros presentes, quórum suficiente para a realização da tal. Esta, a reunião dita “oficial”, formalizada em ata.
Enquanto o grupo saia, o presidente Regis Cassol chegava e aqueles que estavam fora, entraram. Alguns em cima do muro ficaram e o segundo tempo da reunião contou com 10 conselheiros (04 a menos que na reunião “oficial”) e teve caráter de articulação de chapa oposicionista. Isto, abertamente. Gestão financeira, jogadores, planos e mais planos foram tratados com entusiasmo no segundo encontro. O patrono saiu dizendo que dali sairá uma chapa para concorrer na eleição.
As declarações de ambos os lados políticos do clube, depois das duas reuniões, foram parecidos onde todos acabaram assumindo a divisão política do clube, bem diferente do discurso pelo consenso, proclamado pelos dois lados, há poucos dias atrás.
Ninguém mais contemporizou o racha colorado.
O que ficou claro depois destas duas reuniões, em véspera da eleição é que, o sonho de se ter um Inter unido, mais uma vez, foi pelo ralo.