EMPATE NA SUPERAÇÃO

Goleiro Fábio salvou o Inter SM

Foi só um empate. Inter SM 0 x 0 Novo Hamburgo.
Pela campanha, empatar em casa para o Inter poderia ser considerado um péssimo resultado, ainda mais somando apenas um pontinho na tabela de classificação sendo o lanterna da competição. Mas, devido a como tudo aconteceu na noite de hoje no estádio Presidente Vargas, o empate teve sabor de vitória e este jogo pode ir além do simples resultado de campo e quem sabe, simbolizar o inicio de uma recuperação colorada, tão aguardada pelo seu fiel torcedor.
A partida foi de muitas emoções, principalmente no seu final, quando o Novo Hamburgo teve marcado a seu favor, uma penalidade máxima, ridiculamente cometida pelo lateral colorado, improvisado de zagueiro, Deurick.
Em campo, defendendo as cores vermelho e branco, apareceu um herói: o goleiro Fábio, do Inter SM, que machucado, defendeu o penalty cobrado pelo centroavante da equipe anilada, Gustavo Papa, aos 50 minutos do segundo tempo.
Com um homem a menos desde os 43 do primeiro tempo e com o goleiro se lesionando gravemente, sem poder ser subsituido, o Inter SM resistiu bravamente a pressão do Novo Hamburgo, que foi muito melhor, até o final da partida. O time estanca uma sequencia de três derrotas seguidas, sofridas por goleada, e de momento (os outros jogos da rodada serão neste domingo) sai da zona de rebaixamento do campeonato gaúcho.
Claro, mostrou os mesmos problemas de sempre. Limitações enormes tecnicamente de alguns jogadores. A liberdade que o Inter SM concede no meio de campo para o adversário é impressionante. No jogo, mantidos os erros de posicionamento e aquela inoperância ofensiva, que fica evidenciada pelos números do ataque colorado no jogo: efetivamente, nenhuma conclusão ao gol de Eduardo Martini (houve um único chute de Marcelo Rincon, antes de ser expulso, isto aos 35 min. de jogo, mas a bola não foi nem a gol. Passou milhas de distancia).
O bom time do Nóia, que dominou completamente o jogo, foi incompetente nas chances que teve e não aproveitou a sua superioridade diante do Inter para conseguir vencer a primeira fora de casa.


No colorado, parece que alguma coisa do discurso do novo técnico já apareceu em campo.
Mais vibrante que seu antecessor Winck, a maior experiência de Suca a beira de campo e a sua exigência, principalmente, de marcação, tiveram seus primeiros efeitos no time colorado.
A equipe também vibrou mais.
Luis Henrique justificou a expectativa em torno de seu estréia e Matão pode ser importante, na medida que adquira entrosamento com o seu companheiro de ataque Dinei.
Suca viu que terá trabalho. Já exigiu pelo menos cinco reforços para a direção. Deve ter avisado que com esse plantel, sem acréscimos de qualidade, o caminho é a segundona.
Na superação, como no jogo de hoje, o grupo terá que suprir todas as suas carências, se realmente quiser permanecer na elite do futebol gaúcho. Suca deve utilizar em seu trabalho anímico a história desta partida.
Mas veja como é o futebol e por isso que ele é tão emocionante, em segundos, do céu ao inferno ou vice-versa. Dá até medo de imaginar, e se Gustavo Papa tivesse feito aquele gol na cobrança do penalty?
São Fábio...